quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um drama em vestido

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Um drama.
Sem vestido.
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Uma história.
Essa não é uma história com final feliz.
Minto.
Não há final.
Mas se existisse um final, ele não seria feliz.
Porque isso aqui é um blog. E o que chega a ele, em grande parte, são reminiscências das frustrações e conquistas de quem o faz, em letra e forma distintas, só que contaminadas – no termo mais exato.
E porque isso aqui é um blog [2] que trata da vida de gente normal. Que acorda com o cabelo assanhado, que o pé entra na poça no momento menos propício e que pega ônibus diariamente [mas isso não é necessário e vai acabar – oh, se vai! Ou sou eu quem me acabo.]
Eu esqueço essa história de alter ego – e peço que façam o mesmo.
Mas nisso eu sou bem convincente:
Reservemos os termos chiques aos escritores famosos e já idos.
Eu não quero ir, não agora e não desse jeito – apesar de, enfim. E fama, aah, a fama atrapalha os esquemas. [Thor Baptiste é quem tem propriedade pra falar do assunto dado o momento histórico, aliás, relevante às Marias-Minério do País – acabei de inaugurar uma nova categoria XD]
Então, calem-se as idéias difusas.
Comecemos.
Essa não é uma história com final feliz.
Minto.
O final é imprevisível. Ainda estar por vir, e virá dia 29 do presente mês.
E a intenção é de que haja um final feliz.
Mas o orgulho deixará?
Mas nossa personagem será boa o suficiente como nunca foi em sua vidinha linda?
Tanta frescura e mistério e tudo está na futilidade de um vestido – há controvérsias quanto à futilidade... Quem julgar que a formatura do Ensino Médio do único irmão não requer traje belíssimo, admirável, adequado e elegante, objeto de unânime aprovação do escrutínio público pelas próximas 4 gerações, pode dizer que isso é futilidade. Do contrário, permita-me ser apoteótica como melhor os hormônios mo permite.
Ela vai escolher seu vestido só. Ou vaimandar fazer sem a opinião da madresita. pourquoi?
Porque ela é petulante e saliente e não vale nada, nada. Tá entalada até à garganta de massa orgulhosa. A última coisa que precisa é de mais um motivo pra me estressar, desentender e acabar com os seus lindos fios castanhos e pele sem sinais de expressão.
[Traduzindo os parágrafos à cima: Ela discutiu com sua mãe pela escolha de um vestido que nem bem sabem que existe. Só que a dita personagem não sabe comprar um sem experimentar a loja inteira e ficar com o primeiro. Mas a parenta ascendente, mulher que é, deveria entender o que ocorre com quem não nasceu pra ser modelo de seu momento histórico. Mas ela [2], mãe que é, deveria suportar e ajudar a filha nesse momento difícil. – um drama é um drama, tá, meu bem?!]
Mas a parenta, mãe e mulher que é longe dos padrões ideais, simplesmente a conduz a duas alternativas:
Ser objeto de repúdio e símbolo de inadequação durante e após o dia 29.
Ou...
Ser sinônimo de bom gosto da maneira mais difícil possível – que é escolher roupa SOZINHA.
[Traduzindo – escolher o vestido e estar fofinha – o que não é tão impossible, cherie]
Final feliz ou não,
Essa é uma história de superação.
E um alter ego. Porque se eu não for chic pelo vestido, vou ser chic nas palavras.
Porque aqui, virtualmente, eu posso.
Beijosmeliga.

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