domingo, 29 de novembro de 2009

Chega de saudade (8)

Ela sentou e pensou:
-É esse.
E não era. Parecia, ele fez parecer. Mas se enganou.
Enganaram-se.
Um amigo se encarregou de tudo.
Um "amigo" - daqueles que nunca se sabe o que o futuro vai reservar.
Aos que acreditam em destino, ótimo. Expectativa.
Aos que não, carpen diem carpen noctem, e tucto. Diversão.
Mesmo acreditando em destino, ela levantou.
Dessa vez não pensou.
Carpen diem, carpen noctem, e tucto.
E era esse.
Se não era, ela fez parecer.
E não se enganou.
Nem se arrependeu.
Sentiu.
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"Pois há menos peixinhos a nadar no mar do que os beijinhos que eu darei na sua boca..."
Irremediável meu estado de paixão.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Às duras penas do Pavão.

Pavão é um animal exuberante. Conhecido pelas penas enormes e coloridas e be-be-belíssimas.
Só sei que o que posso declarar num meio de comunicação é que ... meu belo professor de TGD, Pavão, vai me deixar de castigo - e nem sabe, só suspeita, cogita, diante das notas da turma, provavelmente.
Eu tirei um 3.Ha!
Um 3.
[Mas antes que digam, tenho a justificativa adequada - tudo foi respondido como se não fosse avaliação]
Isso quer dizer: 10 e 10 nas próximas ou sou capaz de passar por perrengues como o episódio catastrófico de Economia. Com a diferença de que TGD é pre-requisito pra Penal.
Enfim.
Pena-se agora - durante um fim de semana inteiro - nas mãos do Pavão pra poder estudar Penal, adiante.
É pena ou pena ou mais outra pena.
Que pena.
Que ridículo.
Que desprezível.
Me sinto um verme.
Vontade de depenar alguém. - só vontade, ele é legal.
Ergh!
"Pavão misterioso
Nessa cauda
Aberta em leque
(...)
Me poupa do vexame
Muita coisa ainda quero olhar"
Ednardo

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um drama em vestido

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Um drama.
Sem vestido.
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Uma história.
Essa não é uma história com final feliz.
Minto.
Não há final.
Mas se existisse um final, ele não seria feliz.
Porque isso aqui é um blog. E o que chega a ele, em grande parte, são reminiscências das frustrações e conquistas de quem o faz, em letra e forma distintas, só que contaminadas – no termo mais exato.
E porque isso aqui é um blog [2] que trata da vida de gente normal. Que acorda com o cabelo assanhado, que o pé entra na poça no momento menos propício e que pega ônibus diariamente [mas isso não é necessário e vai acabar – oh, se vai! Ou sou eu quem me acabo.]
Eu esqueço essa história de alter ego – e peço que façam o mesmo.
Mas nisso eu sou bem convincente:
Reservemos os termos chiques aos escritores famosos e já idos.
Eu não quero ir, não agora e não desse jeito – apesar de, enfim. E fama, aah, a fama atrapalha os esquemas. [Thor Baptiste é quem tem propriedade pra falar do assunto dado o momento histórico, aliás, relevante às Marias-Minério do País – acabei de inaugurar uma nova categoria XD]
Então, calem-se as idéias difusas.
Comecemos.
Essa não é uma história com final feliz.
Minto.
O final é imprevisível. Ainda estar por vir, e virá dia 29 do presente mês.
E a intenção é de que haja um final feliz.
Mas o orgulho deixará?
Mas nossa personagem será boa o suficiente como nunca foi em sua vidinha linda?
Tanta frescura e mistério e tudo está na futilidade de um vestido – há controvérsias quanto à futilidade... Quem julgar que a formatura do Ensino Médio do único irmão não requer traje belíssimo, admirável, adequado e elegante, objeto de unânime aprovação do escrutínio público pelas próximas 4 gerações, pode dizer que isso é futilidade. Do contrário, permita-me ser apoteótica como melhor os hormônios mo permite.
Ela vai escolher seu vestido só. Ou vaimandar fazer sem a opinião da madresita. pourquoi?
Porque ela é petulante e saliente e não vale nada, nada. Tá entalada até à garganta de massa orgulhosa. A última coisa que precisa é de mais um motivo pra me estressar, desentender e acabar com os seus lindos fios castanhos e pele sem sinais de expressão.
[Traduzindo os parágrafos à cima: Ela discutiu com sua mãe pela escolha de um vestido que nem bem sabem que existe. Só que a dita personagem não sabe comprar um sem experimentar a loja inteira e ficar com o primeiro. Mas a parenta ascendente, mulher que é, deveria entender o que ocorre com quem não nasceu pra ser modelo de seu momento histórico. Mas ela [2], mãe que é, deveria suportar e ajudar a filha nesse momento difícil. – um drama é um drama, tá, meu bem?!]
Mas a parenta, mãe e mulher que é longe dos padrões ideais, simplesmente a conduz a duas alternativas:
Ser objeto de repúdio e símbolo de inadequação durante e após o dia 29.
Ou...
Ser sinônimo de bom gosto da maneira mais difícil possível – que é escolher roupa SOZINHA.
[Traduzindo – escolher o vestido e estar fofinha – o que não é tão impossible, cherie]
Final feliz ou não,
Essa é uma história de superação.
E um alter ego. Porque se eu não for chic pelo vestido, vou ser chic nas palavras.
Porque aqui, virtualmente, eu posso.
Beijosmeliga.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A hora de ficar calada

Falar e falar pelos cotovelos me lembra aquela personagem de Monteiro Lobato - a Emília.
Que fala tudo e um pouco mais.
Como dizia a vó Benta: pelos cotovelos.
E a toda hora era repreendida:
"Fecha sua torneirinha de asneiras, boneca!"
E era sempre ela a dona das melhores idéias, a responsável pelas maiores aventuras e tudo que surgia, ela resolvia toda sem grandes embaraços.
Mas não importava - era hora de ficar calada, aos outros.
E é mais ou menos isso.
Perceber.
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Em tempos de crise.

Há quem prefira encarar como uma marolinha - termo preferido do seres de 9 dedos. do mais alto cargo do Executivo nacional.
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Eu encaro sempre como um tsunami, condição perfeita pra se surfar - e partir dessa pra melhor.
Melhor mesmo, porque pior, impossível.
Um mês sem posts.
Um mês de idas e vindas como na vida de toda boa e competente super anti-heroína brasileira que mata um leão todo diia [geralmente sem bravura e cenas épicas - é de susto mesmo].
Mas adoro o desespero - na verdade, só por parte.
Mesmo que seja meu.
E mesmo que nessas condições.
É bom de se escrever quando do êxtase do desespero.
Uuuh -isso foi quase orgásmico, transmitindo todo o poder onomatopaico desse conjunto infame de letrinhas que me sai à boca nesse instante de parafusos soltos e sem probabilidade de adquirir organicidade algum dia.
E o orkut ainda me vem com aquelas frasezinhas r i d í c u l a s:
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Hoje você vai ver um biscoito da sorte que você nunca viu antes
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Eu sei que biscoito da sorte vou ter, ah se sei.
E já vi ele muitas vezes.
É aquele biscoitinho crocante de nota baixa, recheado de muito remorso pela irresponsabilidade.
Há 2 horas da avaliação de DT-Comercial, estou aqui, com o conteúdo por terminar (que não vou terminar), em cima da hora do 'momento produção', pra pegar 3, absurdas trêêêêês conduções lotadas até à Academia - esse último resultado da protelação excessiva da retirada da primeira carta de motorista.
Uh.
Eu vivo cheia de biscoitinhos da sorte.
Mais de um pacote por semana.
Eu poderia me mal dizer: Oh, que sorte o quê?
Sorte, absoluta sorte.
Sorte de ainda estar viva com tanta coisa acontecendo de ruim, ou por acontecer, por minha culpa, por minha causa - e ninguém ainda se feriu.
Yes!
Céus, que bom.
Mais um dia de sorte.
Mais um dia de nota baixa - há controvérsias.
Mais um dia de comprovada displicência.
Eu acho que nem o exército israelense me daria disciplina.
¬¬'
mimimi_
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Oh, Quem poderá nos ajudar?! - revivendo os momentos Chapolin do SBT. É a única coisa que posso fazer à altura dessa tosquice toda.
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Rafa Andrade