Esqueçamos a idéia malévola e, perigosamente, BEM-VINDA de veneno por hora.
Atenhamo-nos aos bons usos dos fármacos.
Dor disso, dor daquilo.
Toma-se mais isso, mais aquilo.
Às vezes esquecemos que essas substâncias alteram o funcionamento do organismo.
Tentamos torná-lo halopoiético em vez de reconhecer sua qualidade autopoiética - bem comum e até necessária [instintivamente] à natureza humana, isso de se meter onde não é chamado.
Buscamos ali e acolá a fantasia da cura, quando tudo o que fazemos é substituir um problema por outro.
A diferença está na cruel dúvida que consome os mortos-vivos pensantes:
Qual problema você prefere?
Pra exemplificar melhor, elenco a situação seguinte:
[Esse aqui é especial aos que me acusam de nunca ilustrar teorias e afins. Um beijo pra minha mãe, minha cachorrinha Pennélowphy e um especialmente pra você - Xuxa - e pra Sasha.]
1. Dor de cabeça perturbadora.
2. Remédios - uns atacam o fígado, outros só o estômago mesmo - notem que banalizei. cá cá cá.
3. A escolha.
Ou se fica com a dor de cabeça ou se opta pela lesão em outro ponto do sistema.
Um espertinho diria: vai ao médico.
No meu caso, não funcionaria muito bem.
Mas, para o bem da nação, adianto: O ministério da saúde adverte - tomar remédio, só com prescrição médica.
Pronto, findada a boa ação do dia, continuemos com esse fluxo desconexo de idéias dispensáveis.
No fim das contas, tudo é problema, sob uma ótica macro.
Agora, à luz da elaboração complicadora da vida, o problema ganha cor, ganha cara, ganha cheiro, ganha textura. Decidir por outro, talvez melhore a situação. Mesmo que persista a classe do objeto - o problema- e o sujeito - quem quer que seja o ótário.
Pra falar a verdade, pensando bem e melhor, o problema só persiste quando pensamos no fármaco enquanto remédio.
Se, por ventura, analisarmos como veneno?
Tcharam...
Os problemas acabaram.
Esqueçam, esqueçam.
Pomos fim à textura, à cor, ao sabor... e ao papo.
Ou eu vou sentir o peso da lei ...
tudo muito estranho.
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Só lembrando, o que escrevo não faz sentido aos que procuram sentido.
Mas uma coisa é certa.
Faz sentido.
Todo "o" .
Rafa Andrade