É de morrer.
Ou de matar.
Dos dois ou, talvez, de nenhum - diriam os que não se entretêm com os dramas da existência humana.
As coisas não vão bem, obrigado.
E duvido muito que ALGUÉM a essa hora esteja se condoendo por qualquer coisa que de duas semanas pra cá tenha culminado no que eu denominaria de 'o maior desastre do mundo', usando do meu poder 'hiperbólico melodramático'.
Um simples psicólogo ou qualquer frequentador assíduo de mesa de bar com umas boas doses de 51 na cara dariam a mesma opinião.
Pra quem tem curiosidade de saber a referida opinião, sinto muito, elas ficam presas entre os muros daqui.
Lastimante não conseguir organizar as idéias.
Mas ALGUÉM disse: 'problema resolvido' e nada mais.
[Sabia que o silêncio dói mais que qualquer palavra?]
.
Veja como o destino é irônico.
Se é amiguinho por muito tempo.
Somos livres e felizes.
Mas nada nos parece mais cabível que a amizade velha e boa.
Do nada, coisas boas começam a acontecer por um lado da via e do outro lado, como sempre esteve bom, só continua [só mudam as direções. passam a surpreender].
E temos a expectativa de acontecer o melhor pelo lado da via que começa a fluir, não só coisas boas, o melhor mesmo!
Mas, nesse entremeio, a gente descobre que o melhor talvez não fosse o suposto melhor e, claro, como num bom script de um desastre de bilheteria - super lugar-comum, o melhor passa a ser o que de pior poderia acontecer.
Só que por mãos de quem quer ajudar, o outro lado da via, o primeiro melhor é arquitetado em sigilo. Antes mesmo de se cogitar que o ruim poderia ser o melhor.
Eu pensei que só o acaso estivesse 'operando'.
E eu disse: façam suas apostas.
Suspeitei, mas nada passava de suspeitas.
Bons investigadores precisam de provas, procuram por elas e até acham, se não estão sob as redes de executor mais astuto [leia 'astuto' da maneira menos depreciativa que existir. isso foi um elogio].
.
Estava apreensiva. Mas eu SOU apreensiva.
Desde antes de a Lua Cheia invadir o céu, eu já sabia mesmo o que queria escrito no meu diário pros meses seguintes.
Mas aí eu não contava que dentro da cartola havia um coelho.
Mais uma vez, ironicamente, não foi nada mágico.
.
De fato estou triste, num momento em que imaginei estar cintilante, como toda boa mocinha demodé.
O que me deixa assim?
O fato de não saber decidir por mim mesma a proporção exata entre vontade e consciência que me conduziria a um estado de maior satisfação com o que acontece na minha própria vida.
Aristóteles dizia que a felicidade não está nos extremos. Acho que começo a pensar em abrir mão da filosofia clássica.
Valendo um milhão (ou um coração - que vale bem mais):Uma criança que entrega o doce e depois se arrepende pode reclamar algum direito? - conflitos de decidibilidade...
Ela está reclamando pelo doce? - eu ainda não tenho a habilidade de traduzir fidedignamente o silêncio, meu jovem.
.
Isso dói.
Verdadeiramente dói.
Como eu já tinha me esquecido que doia...
E o que dói mais é que não é minha culpa, é que não posso fazer muita coisa, é que certamente só eu esteja assim.
Se de escolhas vivem os homens,
Pra cada escolha, há um valor
Pra cada valor, uma consequência
E pra cada consequência, um caus+a+dor.
Bruno Lacerda
O que me consola?
é saber que há muito por ser vivido;
que há sempre tempo pra fazer melhor o que não se fez no passado;
e que o melhor presente pode ficar pro futuro.
.
Não me faço compreendida em todas as palavras que eu uso.
Qualquer dicionário me é e vai ser inútil por alguns dias.
E como disse, a nobreza de algumas atitudes não se julga por parâmetros comuns.
Então tente não me julgar.
Só não choro porque está anotado.
E não costumo passar corretivo em cima do que escrevo.
Rafa Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário