domingo, 23 de maio de 2010

Eles são três.

.
Há três dias, acordei e, indo de encontro ao meu instinto feminino, não gritei ao ver uma Esperança na minha estante. Era aquele insetinho meeesmo, beem verde e tranquilo.
Perto de mim.
Ele sentia que na data anterior eu vivi um inferno por uma eternidade - e eu precisava dele ali, pra colorir a rotina.
Numa quarta-feira de prova de Penal, no ar pesava tristeza e desespero.
Um dia de necessário estudo que reservei às angústias do povir e da conjugação do gerúndio.
Estava tudo, acredite se quiser, cinza chumbo.
Coisa triste e deprimente de se ver.
Mais ainda de se sentir.
Foi intenso o trabalho de um casal de amigos, entre salame e lágrimas.
Surtiu efeito.
A renovação, e as consequências dela, dali em diante renderam a Esperança, que na manhã seguinte tomou a matéria e se fez presente.
Passei a quinta a contemplar a Esperança, fiz dela - ou já não sei se eu é quem fui pra ela - uma sombra.
Só que ao retornar da UFMA, qual não foi a minha surpresa - dispensável surpresa- ao reparar o bichinho aos retalhos, coberta de formigas.
Alguém matou a Esperança que (me) contemplara durante o dia.
E nas desgastantes ocilações do fim da semana, me aparece outro bicho, que ainda ninguém tomou coragem pra nomear - nos casos mais graves, até velar. Fiz a vez e chamei de Confiança - e essa atendeu a todo instante em que era solicitada.
Entremeadinha em cada um, em menor ou maior proporção, reclama por vida.
Foge do Deterfon dos 'vacilos humanos'.
A minha hoje, por mais saudável que estivesse, não conseguiu fugir.
O veneno se adiantou ao meu zelo e 'já era, papai'. Pegou meesmo.
Tudo porque o Respeito não vigiou quando deveria.
Procuro na memória o último instante dos três unidos e elaboro uma idéia: é tão mais reconfortante ver os três juntos.
Da Esperança nada restou.
A Confiança é quase ida.
E o Respeito foi dar um passeio sem avisar, que rudeza.
Espero que ele volte, e trate de prover uma Esperança novinha e cuide muito bem da Confiança ... E se precavenham - isso é a vocês, leitores e ao que resta de mim, de agora e pro sempre, em vigiar - e nunca punir, querido Foucault - o Respeito.

Em tempos de guerra, quando a desordem toma conta da casa, a paz se torna uma ilusão.
Se com Esperança, Confiança e Respeito empunhar armas já é difícil, imagina quando tudo ausente.
Diante disso que retorno a me questinar o quão tarde vou lembrar de que minha melhor arma sempre foi o Escudo.
Só espero - sob o lastro da Esperança - que ainda seja a tempo de evitar cicatrizes intratáveis.
.
Tudo cinza chumbo de novo.
E por muito tempo.

O sonho da noite.

Ao contar, meu irmão não acreditou no que eu tinha sonhado.
.
Trilhões de conhecidos haviam morrido - parentes, amigos, desafetos.
E entre o Céu e o Inferno, havia um salão em que se decidia o destino da Eternidade de todos.
Um galpão com luzes e armações de aço, onde todos disputavam, de dois em dois, a melhor pontuação em um Show de Talentos, o que definiria o rumo que tomariam.
.

Eu definitivamente não sei o que isso significa.
.
Mas tô num momento de decisão da minha vida, igual ao sonho - entre o Céu e o Inferno, esperando que o melhor vença e seja possível uma 'continuação', nunca um final, feliz.
=)




Incrível essa minha capacidade...
exatamente um mês sem dar as caras.
E bocas.
Nada ver.
Eu precisava dessa infeliz.
=]~
Forever and ever, life is now or never.