quinta-feira, 22 de abril de 2010

Como as coisas conseguem ser. Ou parecer.

O professor disse hoje uma frase de efeito.
Era algo sobre a lei que aprisiona para libertar.
Contrapostos construindo uma idéia.
O contraposto de hoje nos meus miúdos miolinhos é de algo bem arisco que me pertuba há alguns dias:
Algo sobre a triste mediocridade que promove alegria, contentamento.
Como um copo vazio - aqueela filosofia de boteco que eu não vendo por um bigbig de sardinhaa - consegue saciar a sede de [quase] todos.
ai, ai.
Nem sei mais se eu mesma me arrebato.
Porque, segundo uma teoriazinha aí de desocupados sem companhia de espécime mamífero feminino original ou genérico, pelo Dioptro plano, as imagens ficam distorcidas caso o observador e o objeto estejam em ambientes em que a velocidade da luz é diferente, dado cada ambiente.
Eu não sei se eu estou no meio físico do objeto e os outros em qualquer outro lugar ou eu que estou em descompasso - todos no meio do objeto e eu, em meio de índice de refração distinto.
Só sei que os ângulos não se encaixam.
E o copo não enche, em tempo algum.
Mas há sempre uma alternativa.
Quebra-se o copo na cabeça do primeiro medíocre que passar.
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Violenta e lascada.
Prova amanhã.
Deus já perdoou meus pecados.
Só que ainda pago por eles.
É algo mais ou menos como promissória celeste.
Chegou a hora de cumprir com a obrigação creditícia.
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=]
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ops...
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=[
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ops...
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¬¬''
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ops...
@##$%3%¨¨#*&*($¨¨&
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assim me sinto melhor.
Beijos pros garotos da Capricho do mês.

domingo, 4 de abril de 2010

As sombras iluminam.

Eu odeio esse homem, dentre tantos outros motivos, pelo machismo.
Mas eu sou mulher de reconhecer as genialidades, e Nietzsche não poderia ter sido mais feliz quando disse o homem estar destinado à multiplicidade, à luta pelo poder constante - definindo-o, então, como ser de potência.
O homem está sempre lutando com seus comuns, vencendor ou vencido. Acreditando que o resultado da batalha sempre pode mudar o rumo da guerra. Um vencido tornar-se vencedor e assim, guardadas as proporções e os sentidos, com o inverso. VONTADE DE PODER, pura.
O homem se mascara; cria, ilude a si, aos comuns, regido pelo pragmatismo da guerra constante, quase num Estado de Natureza hobbesiano, que só perdura ao longo do filme da existência humana numa trajetória elicoidal de sucessos [só mudam os jogadores, as regras são as mesmas] - daí depreende-se a ilusão necessária à vida - porque isso constitui o infinitivo de ser humano. Que não é infinito. Porque 'a vida é tudo, e tudo se esvai diante da vida humana'. E as máscaras polpam a todos dos dessabores da realidade - de enxergar o outro e a si mesmo como de fato passam pelo mundo.
Eu me indigno com as novelas de Manoel Carlos. Não pretendo dizer que 'aaah, é novela, coisa de gente fútil.'. Eu adoro futilidades, e que minha mãe não leia, mas gasto mais tempo lendo revistas femininas que meus livros Direito.
Só que existe um limite alfa pras invencionices, Maneco usa Beta, então, baby, não vem que não tem. Onde já se viu... falido (que pega todo o elenco feminino apesar de estar sem dinheiro e de desempenho sexual contestável) custeando a vida de princesa de uma tetraplégica que encontra um príncipe encantado, lindo, médico, bem-humorado, rico e tudo mais aquilo que não vem na composição dos homens-humanos do nosso Brasil-baronil; moça essa que era no início da trama uma vilã em potência e agora é a mocinha.
A única coisa que o dramaturgo faz é conservar a nigrinhagem típica - o disse-que-me-disse, o oba-oba, a sogrinha do mal, as traições - porque num mundo perfeito tem de existir seres humanos pra se falar mal, pra se aproveitar da bondade e, claro, pra pular a cerca, porque o que princípio-mor do Universo é nada senão a sacanagem.
Aí, as mulheres deste mesmo país, que engolem esse caldo grosso de fantasias e emoções fictícias como se fosse um milkshake de maltine do Bobs de 700 ml, ficam do lado da pilantra na novela, da Outra... essa mesmo, a @#$%%¨* ... e na vida real se prestam ao papel de ligar pro número desconhecido no celular do seu consorte - em alguns, haha, na MAIORIA dos casos, sem-sorte - chamando a outra só de santa pra cima, coisa boa, maravilhosa, porque está com o 'seu homem' - homem dela, no caso. Seu, eu já não sei, consulte a lista de chamada do celular e descubra - se quiser, aqui é uma democracia (beijos para o meu professor de Constitucional, Pavão XD - Adoro você, hoje em dia.)
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A mãe que se identifica com a sogra do demo da novela pede por clemência na vida fabricada fora dos holofotes pros seus filhos, pra que se relacionem bem com o mundo e ninguém cobre uma dívida cujo troco é uma bala na cabeça - em casos extremos, tem até gente pagando pra isso ou jogando pela janela mesmo.
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Incrível a capacidade do ser humano de viver o irreal e fingir o concreto.
Creio não existir sequer a possibilidade de culpar alguém, muito menos de rearranjar os elementos. Porque depois da democracia e do relativismo, tudo é possível e aceitável - depreendam, senhores, a ironia. Eu sei que é difícil.
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É dar corda e si mesmo e se enforcar, rindo. Gostando.
Ai, meu Deus.
São reflexões da TPM.
Só não pensem que sou mal-amada, traída ou traidora. Porque nesse xadrez as peças são trocadas, e eu jogo comigo mesma.
E, segundo Nietzcshe, a qualquer hora posso exercer qualquer papel - como no sistema coringa de interpretação.
Só aconselho a todos a mascararem o quanto puderem, até quando puderem - já que isso tudo é irremediável.
O choque de realidade é letal. Por isso que as pessoas enlouquecem.
Outras se matam.
Outras escrevem em blogs textos pro vento.
hahaha.
Pro vento.
ha.
Oks.
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História minha: no meu tempo de Educator,
eu dizia que os físicos e matemáticos sofriam de carência crônica afetiva
de uma figura do sexo oposto -
ou até do mesmo sexo
[viva á liberdade sexual].
E vejam só, acá estou eu dispensada pelo namorado
escrevendo baboseiras
como se eu fosse conhecedora de causa.
Uma máscara minha.
A ilusão de escrever, de saber,
de amar.
Odeio isso.
O isso é o real.
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Se iludam, sempre que possível.
Beijosnãomeliguem.
/Rafa Andrade