quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mil corações

O cérebro humano é infinitamente capaz daquilo que acreditamos.
O problema é que nos limitamos ao acreditar.
Hoje em dia eu acredito - e não me puno mais - por querer ter mil corações.
Afinal, o que o mundo precisa então é de amor.
Eu tenho pra muitos.
Servido?

domingo, 24 de outubro de 2010

Controverso inacabado

Reclamar de barriga cheia - provavelmente me diria alguém minimamente mais sensato que eu.
Infelizmente existem coisas, bem particulares em cada um de nós, que mesmo sendo características que atrapalham um pouco o convívio social, são como os músculos lisos: incontroláveis e incorrigíveis nisso. Você só pode relaxar e esperar a boa vontade deles.
Vamos por partes:
- o hábito de pensar.
Quem pensa muito acaba não fazendo o que quer, mas o que deve (há suas exceções)
Pensar demais acaba atrapalhando até a externação dos atos necessários à consecução.
Envolve tudo numa grande expectativa.
Não raras vezes, causam decepção.
Regular isso é um desafio. Meu extinto de sobrevivência está atrofiado, demora muito a eliminar os excessos.
- Seentimeental, eu sou. Eu sou deemaaais. (8)
Eu estou na moda, ha! Mil bandas emos, mil fãs emos. Um conglomerado de emos. Mas eu não gosto das músicas, do jeito que eles se vestem. Infelizmente tenho um jeito 'emozinho' de ser, mesmo quando a onda era ser 'desencanada e moderna'. (Bleckatchi Melecatchi)
- Ao infinito e além.
O sempre e o Muito-todo-o-tempo. Gente, que megalomaníaca-impulsiva-insistente-resistente eu sou. O sempre nem existe. Fazer dele uma realidade é fantasia, só que insisto nessa burrice.
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Junta os três com Leite e dá nisso. Um mar sem fim de dúvidas, arrependimentos e instabilidade. Tudo bem que já desisti de ser normal, isso me entediaria fácil, fácil.
Queria só saber lidar um pouco mais com a minha natureza.
Às vezes me preparo pro não, e por pensar tanto nele é que castro a possibilidade do sim.
Eu elimino caminhos em idéias embrionárias possíveis. Reclamo a cada instante da limitação da mente das outras pessoas, mas excluo o improvável da minhas lista de afazeres, me culpando depois por querer um pouco mais de segurança e certeza - na tentativa infantil de me iludir com indestrutibilidade do que importa, quando eu mesma costuro em mim e afeto muitos com a mudança brusca de humor, opiniões e comportamento.
Aí eu vejo a hipocrisia inoscente que me persegue. Tento tanto me livrar dela.
Eu não vou dizer que não consigo. Preciso só absorver outra filosofia de vida que permita o anonimato ao impossível. De tanto apontar falhar, acabo não elegendo uma.
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Eu preciso me apaixonar de novo.
Eu preciso de novas atividades.
Eu preciso mudar o cardápio.
Eu preciso transformar tudo todo tempo.
(achando que preciso de tudo isso, voltei a sorrir pros desconhecidos que se interessam, pesquisei preços de kickbox, voltei a tomar suco de cenoura. Emagreci 3 kgs na balança e engordei uns 20 na mente.)
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São tantas necessidades... descartáveis?
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Apenas alternativas de
a) querer mudar tudo, todo instante, na contraditória busca pela base. Cuja consequência provável é nunca contruir minha base própria.
b) não mudar nada e dar vez ao acaso e, contraditóriamente, a outra mudança da minha postura perante a vida.
c)me lascar
d)dormir
e)me arrumar pra feijoada, e pensar bem depois em tudo isso - indigestão, né, gente?
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Vou terminar meu texto contraditoriamente-racional-emotivo-de-viadinho com um trechinho de um verso minha cara, minha alma.
*-*
"Muito pra mim é nada
Tudo pra mim não basta"

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Corretivo I

Sou obrigada a concordar com a (o)posição dos que me amam e dos que me amam menos do que os que me amam:
o meu humor altera a minha perspectiva do mundo.
Bem comum, claramente, em 100% dos seres inteligíveis.
Mas a minha singuladade de extremar esses sentimentos e minhas externações mais desprorpocionais ainda têm prejudicado meus relacionamentos com os outros humanos. E, apesar de acreditar uma pontinha assim na minha especial posição no mundão de meu Deus, definitivamente, preciso dos outros filhos de Alah por perto.
Uh, preciso amar as pessoas e me sentir amada - o que importa é o que importa.
Enfim, a tempestade num copo d'água é quase um lema pessoal que foi tatuado em mim na hora que fizeram o teste do pezinho.
O pior é que só percebi isso depois que cortaram as injeções de carinhos-sem-fim e tive uma crise de abstinência por isso. Corri atrás de 'mais-do-mesmo' e, por incrível que pareça, fui incapaz de elaborar esses raciocínios só.
Do nada, estava eu lá, com o espírito acima de duas criaturas em um hall de condomínio discutindo a relação. Eu analisava de perto a moça birrenta e chorosa, insatisfeita com o melhor-que-podiam-oferecer a ela naquele instante e com as represálias e boicotes.
Tudo bem que não souberam lidar com ela, bastava uma conversa séria e bem antes. Mas não mudava o fato: aquela menina precisava de um corretivo.
Uma temporada de DR's nunca vivenciada, quem diria, resultou na maior sessão de beijinhos-e-carinhos-sem-ter-fim.
A insatisfação cedeu lugar ao reparo-constante dos erros.
Critiquei minha mãe outro dia por querer tratar a vida dela como se gerencia uma empresa.
Bom, acho que durante algum tempo exerci a função de uma chefe rabugenta e insaciável.
Talvez agora seja a minha hora de deixar o cargo e tirar umas longas férias de relaxamento nas montanhas- tem gente que prefere praia, eu não.
Enfim, é bem mais necessário que confortável alguém te dizer com todas as letras pra deixar de ser pé-no-saco porque te ama muito.
Por amor,
e com muito amor,
eu deixo de ser muita coisa e passo a ser muito mais.
Bem melhor.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O problema do brasileiro.

É que nada lhe dói mais além das esmolas.
Nunca sabem o que querem.
E não desistem nunca de fazer burradas.
Às eleições...

domingo, 29 de agosto de 2010

Especial

Especial - unique. Mania.
Ninguém aceita indiferença.
Mas quando a gente se acha um lixo, Deus twitta instantaneamente:
"Até lixo se recicla"
E me manda uma borboleta COMPLETAMENTE branca, apenas um ponto preto no início de cada asa.
A coisa mais linda, especial e única que já vi, pousada ao lado da minha cabeceira.
É assim que a gente redescobre o mundo. É assim que se ganha o mundo.
Ponto final no início - os paradoxos divinos;
Clareza;
A velha e boa liberdade.
um estímulo pro início da semana.
E qualquer um outro veria apenas um inseto.
...
São meus olhos, querido. Meus olhos.

Parece bolero
te quero, te quero
dizer que não quero
teus beijos nunca mais.
(Chico)
/RafaAndrade.enojada

domingo, 23 de maio de 2010

Eles são três.

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Há três dias, acordei e, indo de encontro ao meu instinto feminino, não gritei ao ver uma Esperança na minha estante. Era aquele insetinho meeesmo, beem verde e tranquilo.
Perto de mim.
Ele sentia que na data anterior eu vivi um inferno por uma eternidade - e eu precisava dele ali, pra colorir a rotina.
Numa quarta-feira de prova de Penal, no ar pesava tristeza e desespero.
Um dia de necessário estudo que reservei às angústias do povir e da conjugação do gerúndio.
Estava tudo, acredite se quiser, cinza chumbo.
Coisa triste e deprimente de se ver.
Mais ainda de se sentir.
Foi intenso o trabalho de um casal de amigos, entre salame e lágrimas.
Surtiu efeito.
A renovação, e as consequências dela, dali em diante renderam a Esperança, que na manhã seguinte tomou a matéria e se fez presente.
Passei a quinta a contemplar a Esperança, fiz dela - ou já não sei se eu é quem fui pra ela - uma sombra.
Só que ao retornar da UFMA, qual não foi a minha surpresa - dispensável surpresa- ao reparar o bichinho aos retalhos, coberta de formigas.
Alguém matou a Esperança que (me) contemplara durante o dia.
E nas desgastantes ocilações do fim da semana, me aparece outro bicho, que ainda ninguém tomou coragem pra nomear - nos casos mais graves, até velar. Fiz a vez e chamei de Confiança - e essa atendeu a todo instante em que era solicitada.
Entremeadinha em cada um, em menor ou maior proporção, reclama por vida.
Foge do Deterfon dos 'vacilos humanos'.
A minha hoje, por mais saudável que estivesse, não conseguiu fugir.
O veneno se adiantou ao meu zelo e 'já era, papai'. Pegou meesmo.
Tudo porque o Respeito não vigiou quando deveria.
Procuro na memória o último instante dos três unidos e elaboro uma idéia: é tão mais reconfortante ver os três juntos.
Da Esperança nada restou.
A Confiança é quase ida.
E o Respeito foi dar um passeio sem avisar, que rudeza.
Espero que ele volte, e trate de prover uma Esperança novinha e cuide muito bem da Confiança ... E se precavenham - isso é a vocês, leitores e ao que resta de mim, de agora e pro sempre, em vigiar - e nunca punir, querido Foucault - o Respeito.

Em tempos de guerra, quando a desordem toma conta da casa, a paz se torna uma ilusão.
Se com Esperança, Confiança e Respeito empunhar armas já é difícil, imagina quando tudo ausente.
Diante disso que retorno a me questinar o quão tarde vou lembrar de que minha melhor arma sempre foi o Escudo.
Só espero - sob o lastro da Esperança - que ainda seja a tempo de evitar cicatrizes intratáveis.
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Tudo cinza chumbo de novo.
E por muito tempo.

O sonho da noite.

Ao contar, meu irmão não acreditou no que eu tinha sonhado.
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Trilhões de conhecidos haviam morrido - parentes, amigos, desafetos.
E entre o Céu e o Inferno, havia um salão em que se decidia o destino da Eternidade de todos.
Um galpão com luzes e armações de aço, onde todos disputavam, de dois em dois, a melhor pontuação em um Show de Talentos, o que definiria o rumo que tomariam.
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Eu definitivamente não sei o que isso significa.
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Mas tô num momento de decisão da minha vida, igual ao sonho - entre o Céu e o Inferno, esperando que o melhor vença e seja possível uma 'continuação', nunca um final, feliz.
=)




Incrível essa minha capacidade...
exatamente um mês sem dar as caras.
E bocas.
Nada ver.
Eu precisava dessa infeliz.
=]~
Forever and ever, life is now or never.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Como as coisas conseguem ser. Ou parecer.

O professor disse hoje uma frase de efeito.
Era algo sobre a lei que aprisiona para libertar.
Contrapostos construindo uma idéia.
O contraposto de hoje nos meus miúdos miolinhos é de algo bem arisco que me pertuba há alguns dias:
Algo sobre a triste mediocridade que promove alegria, contentamento.
Como um copo vazio - aqueela filosofia de boteco que eu não vendo por um bigbig de sardinhaa - consegue saciar a sede de [quase] todos.
ai, ai.
Nem sei mais se eu mesma me arrebato.
Porque, segundo uma teoriazinha aí de desocupados sem companhia de espécime mamífero feminino original ou genérico, pelo Dioptro plano, as imagens ficam distorcidas caso o observador e o objeto estejam em ambientes em que a velocidade da luz é diferente, dado cada ambiente.
Eu não sei se eu estou no meio físico do objeto e os outros em qualquer outro lugar ou eu que estou em descompasso - todos no meio do objeto e eu, em meio de índice de refração distinto.
Só sei que os ângulos não se encaixam.
E o copo não enche, em tempo algum.
Mas há sempre uma alternativa.
Quebra-se o copo na cabeça do primeiro medíocre que passar.
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Violenta e lascada.
Prova amanhã.
Deus já perdoou meus pecados.
Só que ainda pago por eles.
É algo mais ou menos como promissória celeste.
Chegou a hora de cumprir com a obrigação creditícia.
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=]
.
ops...
.
=[
.
ops...
.
¬¬''
.
ops...
@##$%3%¨¨#*&*($¨¨&
.
.
assim me sinto melhor.
Beijos pros garotos da Capricho do mês.

domingo, 4 de abril de 2010

As sombras iluminam.

Eu odeio esse homem, dentre tantos outros motivos, pelo machismo.
Mas eu sou mulher de reconhecer as genialidades, e Nietzsche não poderia ter sido mais feliz quando disse o homem estar destinado à multiplicidade, à luta pelo poder constante - definindo-o, então, como ser de potência.
O homem está sempre lutando com seus comuns, vencendor ou vencido. Acreditando que o resultado da batalha sempre pode mudar o rumo da guerra. Um vencido tornar-se vencedor e assim, guardadas as proporções e os sentidos, com o inverso. VONTADE DE PODER, pura.
O homem se mascara; cria, ilude a si, aos comuns, regido pelo pragmatismo da guerra constante, quase num Estado de Natureza hobbesiano, que só perdura ao longo do filme da existência humana numa trajetória elicoidal de sucessos [só mudam os jogadores, as regras são as mesmas] - daí depreende-se a ilusão necessária à vida - porque isso constitui o infinitivo de ser humano. Que não é infinito. Porque 'a vida é tudo, e tudo se esvai diante da vida humana'. E as máscaras polpam a todos dos dessabores da realidade - de enxergar o outro e a si mesmo como de fato passam pelo mundo.
Eu me indigno com as novelas de Manoel Carlos. Não pretendo dizer que 'aaah, é novela, coisa de gente fútil.'. Eu adoro futilidades, e que minha mãe não leia, mas gasto mais tempo lendo revistas femininas que meus livros Direito.
Só que existe um limite alfa pras invencionices, Maneco usa Beta, então, baby, não vem que não tem. Onde já se viu... falido (que pega todo o elenco feminino apesar de estar sem dinheiro e de desempenho sexual contestável) custeando a vida de princesa de uma tetraplégica que encontra um príncipe encantado, lindo, médico, bem-humorado, rico e tudo mais aquilo que não vem na composição dos homens-humanos do nosso Brasil-baronil; moça essa que era no início da trama uma vilã em potência e agora é a mocinha.
A única coisa que o dramaturgo faz é conservar a nigrinhagem típica - o disse-que-me-disse, o oba-oba, a sogrinha do mal, as traições - porque num mundo perfeito tem de existir seres humanos pra se falar mal, pra se aproveitar da bondade e, claro, pra pular a cerca, porque o que princípio-mor do Universo é nada senão a sacanagem.
Aí, as mulheres deste mesmo país, que engolem esse caldo grosso de fantasias e emoções fictícias como se fosse um milkshake de maltine do Bobs de 700 ml, ficam do lado da pilantra na novela, da Outra... essa mesmo, a @#$%%¨* ... e na vida real se prestam ao papel de ligar pro número desconhecido no celular do seu consorte - em alguns, haha, na MAIORIA dos casos, sem-sorte - chamando a outra só de santa pra cima, coisa boa, maravilhosa, porque está com o 'seu homem' - homem dela, no caso. Seu, eu já não sei, consulte a lista de chamada do celular e descubra - se quiser, aqui é uma democracia (beijos para o meu professor de Constitucional, Pavão XD - Adoro você, hoje em dia.)
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A mãe que se identifica com a sogra do demo da novela pede por clemência na vida fabricada fora dos holofotes pros seus filhos, pra que se relacionem bem com o mundo e ninguém cobre uma dívida cujo troco é uma bala na cabeça - em casos extremos, tem até gente pagando pra isso ou jogando pela janela mesmo.
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Incrível a capacidade do ser humano de viver o irreal e fingir o concreto.
Creio não existir sequer a possibilidade de culpar alguém, muito menos de rearranjar os elementos. Porque depois da democracia e do relativismo, tudo é possível e aceitável - depreendam, senhores, a ironia. Eu sei que é difícil.
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É dar corda e si mesmo e se enforcar, rindo. Gostando.
Ai, meu Deus.
São reflexões da TPM.
Só não pensem que sou mal-amada, traída ou traidora. Porque nesse xadrez as peças são trocadas, e eu jogo comigo mesma.
E, segundo Nietzcshe, a qualquer hora posso exercer qualquer papel - como no sistema coringa de interpretação.
Só aconselho a todos a mascararem o quanto puderem, até quando puderem - já que isso tudo é irremediável.
O choque de realidade é letal. Por isso que as pessoas enlouquecem.
Outras se matam.
Outras escrevem em blogs textos pro vento.
hahaha.
Pro vento.
ha.
Oks.
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História minha: no meu tempo de Educator,
eu dizia que os físicos e matemáticos sofriam de carência crônica afetiva
de uma figura do sexo oposto -
ou até do mesmo sexo
[viva á liberdade sexual].
E vejam só, acá estou eu dispensada pelo namorado
escrevendo baboseiras
como se eu fosse conhecedora de causa.
Uma máscara minha.
A ilusão de escrever, de saber,
de amar.
Odeio isso.
O isso é o real.
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Se iludam, sempre que possível.
Beijosnãomeliguem.
/Rafa Andrade